quinta-feira, junho 28, 2007

Filosofia no Vermelho


Clique na imagem e entenda o semestre.

quarta-feira, junho 27, 2007

Simples e Composto

Então,
tem um período de cheio de coisas pra fazer. tem um período de muito trabalho, de muito prestigio. tem um periodo de incertezas. tem um periodo de que acham que vc é um moleque. tem um perio do de muitos convites. tem um periodo que vc não consegue comer, nada, comida eu to dizendo. tem um periodo que vc fica longe do computador durante horas. tem um periodo que vc trabalha de mais. tem um que vc enrola demais. tem, sempre tem. tem um periodo que querem te zoar, que não lhe entem dem. tem vários períodos, só não tem o das férias.
o de comer comida em todo almoço, o de ter tempo de ter que arranjar algo pra fazer. mas tudo bem, eu não estou reclamando, eu estou me divertindo. mais do que eu. mais do que quem sai por aí pra beber e ir em bares e ir em baladas e se estragar. é, eu já fui disso.
tudo período, tudo por muito pouco tempo.

terça-feira, junho 19, 2007

De resto, está tudo bem.


Com namoradas você constrói planos, uns bobos, outros realizáveis. Então os realizáveis você quer realizar junto, estar junto, ficar feliz junto, e aproveitar. É, aproveitar o bem, o status que se muda a partir da mudança. Tanto que, se isso não acontece, você se sente traído.


Enfim, ex é uma coisa sempre presente demais. Eu sou uma coisa sincera demais, até comigo mesmo. E só isso me faz mal e me faz andar por São Paulo com a mente nos interiores.

sexta-feira, junho 15, 2007

CB

pois que estou a escrever pela primeira vez da Cinemateca Brasileira. Aqui é aqui, daquele jeito... Dá até para postar, sem fotos, pq to meio sem nada aqui no pc.

Estou mundando de msn (lucasbrenonjr@hotmail.com), este só pras pessoas momentaneamente desejaveis, sempre, entendeu? Quase todo mundo que insiste, persiste, não desiste. Estou mudando no começo da semana (oxalá!) para a Capitão Macedo, 172 - Vila Mariana. Duas quadras do metrô, duas quadras da Cinemateca, quatro do parque do Ibirapuera. É legal, també, legal, daquele jeito... =)

Acho que vou me levantar agora e dar um passeio pela Cinemateca. Antes passar na Preservação e pagar para Fernanda Valim (que ainda não sei quem é) a festa junina da semana que vem. Vou ficar muito bêbado, eu acho. Dae então eu desço a estradinha de cascalho, passo pela diretoria e vejo de cima as duas salas, o gramado, o sol. Então vou até a biblioteca e leio um livro.

Até, até...

sábado, junho 09, 2007

Então, melhor...

Bom, me parece que é tempo de pausa. Tudo estava bom demais e talvez isso mesmo tenha enchido meu saco. E agora é hora de piorar as coisas, por mim mesmo, senão tudo se esvazia e fica sem sentido.
Eu não estou com as mesmas vontades. Eu não estou com vontade nenhuma, a maioria das ações são por puras convenções e medos. Tenho medo de infelicidade alheia por mim provocada, mais uma vez. Tenho vontade de que exista uma pessoa que possa estar ao meu lado e me entender ao mesmo tempo, coisa quase impossível. Se alguém me entende talvez não queira estar ao meu lado, acho que talvez seja isso, ou não. O problema é o sexo, o sexo é o nexo, e daí fode tudo. São dependências que existem sem depender de nada, e as contas aumentam e o saco fica cheio e você acaba tendo que se mostrar outra pessoa. Talvez eu só precise de alguém pior que eu, mais nada. Essa frase deveria encerrar o post, mas saiu agora, mas nada me impede de repeti-la no final.

Páro pra pensar e não enxergo essência, conteúdo, explosivos em mim próprio. Em eu próprio. Nos dois. Tudo anda cheio de canções e sorrisos e olás, tudo bem? e não há a mesma garra, a coisa de não ter nada e querer tudo. Agora eu tenho bastante e quero mais; e eu não gostaria de querer mais. Ah!, tudo é tão bom que dá vontade de apertar STOP e ouvir o silêncio e estar à deriva em algum mar da España. Acho que preciso sair do país ou conhecer algum lugar que minta essa saída para mim. Sozinho ou com alguém pior.

Eu só preciso de alguém pior que eu.
Repeti, olha só, eu posso. Merda! Cadê as regras às quais eu deveria me sujeitar? Eu deveria ter regras, costumes, moralismos, bondades, simpatias, jeito único, enfim. Só que eu descobri que eu posso tudo, em um puto momento de minha vida, há muito tempo atrás, eu descobri que eu posso tudo. Mais até do que quem pode, porque muita gente acha que eu não posso, e isso só é mais um combustível para que eu possa... tá vendo? Estou sem saída possível. Meu próximo filme, o Vírgula, vai ficar sem saída, vai falar sobre as pessoas sem saída. Sem saída por besteiras, por coisinhas miúdas, por pics, pocs, placts... Pá!


Eu só preciso de alguém pior do que eu para estar ao meu lado e me dizer Não, Páre, Você não vai fazer o que você quer. O mundo não é assim, Jr. O mundo não é assim.

terça-feira, junho 05, 2007

Bom, são tempos tão bons que parar para escrever parece ser igual a perder tempo. Perco tempo agora aprendendo, apreendendo, amando e sentindo como o mundo anda, realmente. A Cinemateca Brasileira traz a maior parte desta minha felicidade, acho, em conjunto com minha família linda de Guararema, as novas convivências profissionais (e bota profissional nisso), o "assédio" de gente que nem conheço e meus novos companheiros de casa. Sim, estou morando até o final desta semana em uma quitinete (nunca tinha escrito essa palavra, não sei como se escreve) na esquina da Cásper Líbero X Senador Queiroz X Avenida Ipiranga e é está sendo bacana a experiência "começo de conversa" entre eu, Julio e William. Que tudo dê bem certo como está até agora. Eu acredito.

Penso que as coisas estão bem andando, então. Semana que vem passo a morar na Vila Mariana e a vida será melhor ainda morando naquele lugar, do lado do trabalho/Ibirapuera/Metrô etcetcetc. É um lugar sussa, lembra Guararema. E tenho bastante folgas, volto pra Gma sempre que posso. Além de tudo, me interessam pessoas de Mogi das Cruzes ainda, parece que está sendo difícil me livrar dessa cidade, rsrs. Enfim, o mesmo nome e configuração totalmente adversa.

Aula de espanhol começa agora. Tenho de ir, aguenta-la, porque já a paguei. Esse, acho, é o único ponto ruim. Mas acaba logo, acaba logo. Vamos lá!

Evoé! Que o frio aqueça a percepção de tudo o que há de bom e transformador =)

sexta-feira, junho 01, 2007

Como ficou na mídia:

n'O Globo, sobre "Saneamento Básico, o Filme", de Jorge Furtado

Olá Márcia,

Envio-lhe o que produzi textualmente a seu pedido sobre a pré-pré-pré-estréia do filme, hoje pela manhã. Como não lembrava exatamente o que havia me pedido, fiz 4 frases-opiniões de um aluno do 3º semestre de Cinema sobre o longa, como se fosse uma entrevista, algo mais livre. Achei que isto era o tipo de material que quer, e não uma crítica ou resenha bem ligada intertextualmente, com regras e compromissos - como cheguei a pensar primeiramente.

Espero que tenha conseguido contribuir contigo e mude e corrija o quanto quiser, caso vá publicar alguma palavra minha.
Só gostaria de lhe pedir que me mandasse link ou dissesse quando e onde irá sair a matéria sobre o filme ou a exibição aqui na universidade. Poderia?

Disponha///

--
Lucas Brenon Jr.
(11) 9459-7799



    • Num momento em que o público do Cinema brasileiro se distancia cada vez mais das salas de exibição, Jorge Furtado faz o tipo de longa-metragem que é necessário: uma comédia leve, para toda a família, sem precisar utilizar elementos como nudez ou palavrões para assediar o espectador. O resultado é um filme gostoso de assistir, com personagens que vemos corriqueiramente na rua, em casa, numa vila de uma cidade do interior. Filmes deste nível sendo lançados com freqüência é o caminho para uma verdadeira retomada da produção cinematográfica nacional, pois o público tende a se interessar por trabalhos que abordam a cultura brasileira de forma positiva, com humor... E trabalhos de qualidade!


    • “Saneamento Básico, O Filme", assim como todos os longas-metragens de Jorge Furtado, não nos prende à tela por medo, nem suspense e muito menos por "terrorismo" sexual (coisa recorrente em outras (cinematografias), mas por espelhar a simplicidade e riqueza cultural de nós mesmos e rir de nossas próprias ignorâncias, jeito de conviver e agir com problemas de sistemas político-públicos.

    • De forma muito interessante, o filme trabalha a metalinguagem cinematográfica: trata da feitura de um produto audiovisual desde sua concepção (de forma bastante extraordinária) até sua exibição e repercussão - passando pelo trabalho de produção executiva e artística, captação de recursos, fotografia, atuação, etc. Tudo de maneira bem humorada e suscetível a erros, acertos e descobertas. Isso é interessante porque o consumidor final do longa pode perceber que, mesmo sem ser estudioso ou profissional nessa área, pode democraticamente produzir e fazer algo sincero e pessoal, para qualquer fim ou iniciativa que seja.

    • Jorge Furtado é um ícone desde “Ilha das Flores” e sua carreira e diálogo vão bem além de “Houve Uma Vez Dois Verões”, “Meu Tio Matou um Cara” e “O Homem que Copiava”. Deve-se atentar a cada trabalho seu que é lançado, pois é sempre certeza de qualidade, diversão e reflexão. “Saneamento Básico, O Filme”, mesmo sendo algo bem diferente do que já fez em Cinema, não deixa de ser profundamente interessante; pelo contrário, explicita o quanto o diretor/roteirista e a Casa de Cinema de Porto Alegre se desenvolvem qualitativamente a cada produção.



de Marcia.Abos@sp.oglobo.com.br
para lucasbrenonjr@universia.com.br
fecha 31-may-2007 15:47
asunto RES: Saneamento Básico, O Filme


Lucas, ficou muito bom o seu texto!
Parabéns!
Vamos sim usá-lo. Amanhã encaminho o link, ok?
Bjs,


Márcia Abos - repórter O Globo Online
www.oglobo.com.br
11 3235.7964
11 9511.7000


sobre "Querô", o Cidade de Deus paulista

Mais.

Adaptado da obra de Plínio Marcos, grande dramaturgo teatral, o recém lançado longa-metragem “Querô” não se estabelece como obra cinematográfica relevante para o Cinema nacional. Regionalista, trata da trajetória criminosa (mais uma vez...) de um garoto na zona portuária de Santos, litoral paulista. Sim, é mais um bom ator, assim como Laranjinha e Acerola.

A produção parece querer ser o “Cidade de Deus” paulista, uma corruptela em várias e ainda não-analisáveis questões - pelo pouco tempo ainda de difusão. O jovem ator, como já dito, é tão revelação quanto Dadinho (Douglas Silva) e seu personagem tem até seu próprio jargão semelhante na cena em que adentra, pela primeira vez, a FEBEM: “Querosene o caralho, meu nome é Querô porra!”. Trata mais uma vez da falta de saída do jovem-pobre-sem-família brasileiro, destinado desde o nascimento ao crime e à morte prematura, sempre com um romance jovem melodramático para emoldurar o enredo e regado de muitos palavrões.

Bom também é atentar para o mega baile-funk carioca, com direito aos MC’s e gostosas esfregando a bunda nos “manos” (peitos livres, etc), em pleno litoral-sul de São Paulo.

Vale pela fotografia do porto de Santos, grande e interessante região para produção cinematográfica e pelo trabalho desenvolvido com os atores. Mas exatamente qual o porquê da existência desta fatia da produção artística tão grande que é ligada mais ao projeto social do que ao produto final? Isso deve ser sempre levado em conta na leitura do filme em detrimento de outras qualidades? Pois, se for, será fácil fazer Cinema nos próximos tempos, com tantos atores pelas ruas esperando o convite para fazer sucesso no lugar dos profissionais.

sobre Cidade Baixa, de Sérgio Machado

Cidade Baixa é um longa-metragem de 93 minutos lançado no ano de 2005, pela Vídeo Filmes, e ganhador de vários prêmios nacionais e na Espanha, Bélgica, Miami, Verona, Los Angeles. Direção de Sérgio Machado, que divide também a produção e assinatura do roteiro com Karim Ainouz, importante roteirista contemporâneo que, entre outros, é autor do longa-metragem “O Céu de Suely”. A fotografia é de Toca Seabra, que também entra na lista dos “recorrentes” do cinema nacional que trabalham neste filme, junto com Lázaro Ramos, Wagner Moura e Fátima Toledo.

Sérgio Machado no começo de sua carreira foi reconhecido por Jorge Amado e apresentado por este à Walter Salles, diretor que virou seu “padrinho” desde então. Foi assistente de Walter em Central do Brasil e logo depois começou a dirigir seus próprios filmes, sempre com Walter por perto, também produzindo, como em Cidade Baixa. Em Cinema dirigiu anteriormente o documentário “Onde a Terra Acaba”, sobre Mário Peixoto, e os ficcionais “Abril Despedaçado” e “Madame Satã”, entre outros.

A grande “revelação” do projeto é a atuação de Alice Braga, que faz a personagem Karinna, e que foi escolhida para a produção pouco tempo antes do início das filmagens (ao contrário de Lázaro e Wagner, o primeiro por ser ator certo desde o início da pré-produção e o segundo por ser amigo e conterrâneo de Lázaro, além de mostrar-se apto para o papel durante leituras dramáticas experimentais do roteiro promovidas por Sérgio, às quais era convidado). Alice teve com este filme grande sucesso, acumulando vários prêmios de melhor atriz (Verona International Film Festival, APCA, Festival Rio BR 2005) e fazendo dele uma vitrine para seu trabalho. Recentemente foi convidada para atuar, entre outros filmes estrangeiros, ao lado de Will Smith, no filme “I am Legend”, que se encontra em fase de pós-produção.

Aliás, a atuação é um dos pontos fortes deste filme. Preparados durante grande tempo por Fátima Toledo (boa parte do orçamento do filme foi direcionado para esta preparação), os atores experimentam seu limite sensível em performances bastante orgânicas. Atuam em outra linha, entregues às emoções criadas por processos densos de construção da personagem. Pode-se ver em making-of’s os atores pulando, se concentrando extremamente, desequilibrando-se em processos de apinéia segundos antes do “Ação!” do diretor. Em harmonia com a fotografia, este trabalho compõe a atmosfera pretendida pelo diretor para mostrar a história de amor em meio à vida complexa e subdesenvolvida da parte “baixa” da cidade de Salvador - BA.

O processo de composição do roteiro também foi interessante: Sérgio, em parceria com Karim e oficialmente com a colaboração de Adriana Rattes e Gil Vicente Tavares, reunia amigos do meio cinematográfico para leituras periódicas onde discutiam “exaustivamente” o enredo e as minúcias da história. Entre os convidados sempre estava presente Eduardo Coutinho, por quem o diretor nutre grande amizade e que ajudou muito, segundo Sérgio, nas mudanças e na construção dos “porquês” das especificidades do roteiro.

O longa não se trata de uma genialidade. Todavia, é um bom produto para o consumidor final/popular guardá-lo em DVD, junto à bons filmes em sua estante e retomá-lo sempre que quiser se lembrar de Alice ou ver bastante cenas de relação sexual jovem não-“explícita”.