sábado, outubro 24, 2009

SOBRE 2 PATOS NA LAGOA RODRIGO DE FREITAS

Com essas coisas todas e já podendo sentir tudo que já senti (e que não sei se sinto mais) estou contando os dias para os meus poucos 22 anos. Que bom é ter 22 anos depois de ter passado 1 ano fazendo todo mundo achar que eu tinha 22 quando, na verdade, não tinha chegado lá ainda. E, coisa básica sim, mas é muito gostoso pensar nesse caminho todo que tive até aqui. E acho que esse blog existe só pra isso: pra eu lembrar como tudo aconteceu até aqui e o que eu senti nestes dias. Eu preciso agradecer… sei lá pra quê ou sei lá pra quem. Mas se eu páro pra assistir o que passou no Globo Repórter de hoje, vejo como sou priveligiado de ter chegado até aqui e tão sossegadamente.
Papai fez até a 4ª série e mamãe até a 6ª, no máximo. Meu irmão foi um sortudo e inteligente com seu bom jeito de ser e de tratar as pessoas. Minha irmã, a que aguentou as coisas todas, hoje saiu do caminho que provavelmente queria trilhar, mas acho que é feliz nas coisas tão importantes que faz. Gosto destes que estão ao meu lado. E tenho a impressão de que só consegui as coisas que consegui, sozinho, tendo o ponto de equilíbrio neles. De Guararema, do Teatro e dos grupos sociais da cidade fui para Mogi das Cruzes fazer meu ensino médio em uma escola concorrida com os pés nas costas e me formando técnico em administração dormindo 60% do curso, mas sendo um dos melhores nos 40% em que me mantinha acordado. Passei na USP pra Marketing e ganheir bolsa do PROUNI em uma ótima universidade, como a menina que aparece no vídeo abaixo, ao mesmo tempo. Optei para o viés artístico e deu no que deu… trabalhei um ano apenas de minha vida em uma trabalho “normal” e depois só fiz coisas relacionadas a minha área de estudo. E hoje estou aqui, no RJ, tendo de adiar a minha formatura porque a empresa que me contrata como estagiário me quer aproveitar até o talo como tal, me usando 2 anos seguidos sem férias. E sou um assistende de direção, coisa que nunca me imaginei, talvez até porque sempre tive pouca força para a imaginação. E ainda tenho.

Não sei onde vou parar não, não sei o que me espera. Não sei quem me espera nem o meu real valor diante dessas coisas todas que presencio diariamente. Não sei o que pode existir depois daqui, não sei. Não sei onde posso continuar aprendendo e se terei a chance de continuar apenas aprendendo… ou se na verdade aos 22 eu deveria saber a maioria das coisas. Sei que o caminho parece já estar trilhado… ou então vou me afundar, cair de cabeça em qualquer viagem que me desperte a curiosidade por um minuto apenas. E mudo de profissão como faço todos os dias pela manhã escolhendo a roupa que vou vestir. Não as escolho com bons critérios.

Boa noite.

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