sexta-feira, dezembro 26, 2008

Talvez a coisa mais sentida com essa merda toda é a falta cada vez maior das lembranças. O que fica aqui em São Paulo além de minha família e grandes amigos - em sua individualidade, não em grupos. O pré-natal deixou óbvio o tempo que passou e suas distruições. A distruição do namoro deixou óbvia a carência afetiva e idealizada que eu tinha de São Paulo /e suas pessoas /e meus amores. Agora sobram coisas que eu desconheço em sua maioria. A vontade de me apaixonar e encontrar alguém que me abrace e faça-me carinho como quem gosta de mim. A tristeza que não tenho tempo de sentir no Rio de Janeiro e que vem como dívida minha e de uma vez. Não que eu esteja depressivo, há dias sem sair de casa ou sem vontade de levantar da cama. É bem ao contrário. Quero é me levantar tão rapidamente que este notebook se espatife na parede. E eu saio correndo, sem descer as escadas pé por pé e sim flutuando, fluindo. Na rua, em minha corrida, com o suor já exigindo da boca o gosto e dos cílios a contenção, encontro uma pessoa que me quer bem sem me questionar como anda minha vida, a quantas anda minha faculdade e meu trabalho na tv. Aí ela apenas me abraça devagar, tendo todo o tempo do mundo em suas mãos e passando por minhas omoplatas. E ela vai perguntar: homoplasta com H ou omoplata sem H? E eu rio, e passo a mão em seu rosto liso. Beijo com a leveza dos apaixonados pela vida que dali vai haver. Beijo os seus lábios.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Meu amigos,

Acreditamos no sonho e construímos a realidade. Inauguramos hoje, oficialmente, a primeira etapa do Projac, depois de termos sabido superar, com obstinação e competência, toda sorte de entraves, muitos deles artificial e maliciosamente criados.

O que vemos aqui, nesse dia tão grato a todos nós, é a vitória de uma empresa, o acerto de uma administração mas, sobretudo, a grande conquista profissional de todos os que trabalham na Rede Globo.

Eis aí o Projac que lhes prometi e que agora se integra em nosso universo afetivo e profissional. Nesses primeiros estúdios e nos outros que serão erguidos, técnicos diretores e atores encontrarão as condições e a motivação para realizar um trabalho ainda mais apurado, do ponto de vista formal, e mais belo e amplo, do ponto de vista da criação.

Sempre acreditei que, um dia, estaríamos aqui reunidos, como estamos hoje. Por diversas vezes, antevi esse momento e preparei-me para vivê-lo com justificada alegria. Mas não é só a alegria. É também a emoção de ver que ele tem um significado maior do que supunha.

Neste momento, meus amigos, estamos participando da construção de um ideal.

Roberto Marinho, 1995.

domingo, dezembro 14, 2008

Foi 1 ano, quase 2

A partir de agora ele estaria mais aberto para o mundo. Na verdade aberto ele sempre esteve, mas, provavelmente e pensando melhor agora, havia uma certa energia parada, algo que por debaixo da pele o impedia de seguir em frente ou que talvez barrasse as oportunidades de acontecerem. Agora não. Agora o mar está ali e a cidade em que vive lhe é receptível ao mesmo tempo que lhe dá medo. O medo é de se perder nessa coisa fácil que é viver à beira, estar disponível e disposto sempre, lidar com pessoas que nem sempre querem lidar. O sexo fácil e o desapego exercitado diariamente. Ah... é muita gente, pouco espaço, muita Arte, pouco tempo.

Sexta-feira ele pega carona em um carro blindado e volta pra São Paulo. Desce, muito provavelmente, em uma cidade do interior antes de chegar à capital. E lá tenta entender exatamente o que está acontecendo com a ajuda dos amigos e das coisas certas e conhecidas por perto.

sábado, dezembro 06, 2008

Sábado à noite

Pois é, Malhação foi pra Fortaleza e lá começam a gravar amanhã. Dessa vez eu não fui, fiquei porque a conta iria sair cara para a produção e fiquei feliz por ter de organizar a mudança de espaço por aqui e ficar tranquilo para entender as coisas neste final de ano. Fiquei por aqui produzindo as gravações que começam contudo já no dia 02/01. No trabalho é isto. Na universidade acabei ficando com uma matéria só, da qual precisarei fazer AV3 por ter ido muito mal na primeira avaliação e faltado pra cacete. É, eu faltei pra cacete, o que não pode acontecer no ano que vem. No ENEM, de média, fiquei com 84.3, o que me garante um bolsa de estudos na universidade particular que eu quiser, no caso, Universidade Estácio de Sá - Cinema - aquilo que me falta cursar. Vou ter de continuar brigando com aquela faculdade. Mas briga também feliz por já ter feito bastante amigos no espaço. E do espaço, fora dele.

Talvez as coisas possam ficar confusas porque escrevo ouvindo uma música eletrônica muito interessante, de uma rádio de internet que nunca tinha ouvido. Música animadinha, gostosinha, dá vontade de sei lá. Difícil essa coisa de entender as vontades. Meu mundo seria outro se eu soubesse cantar e se eu soubesse quais são as minhas vontades. Amanhã minha vontade é de sair também, ir pra uma balada bastante famosa e entrar de graça por estar com o pessoal da Malhação. A Malhação é engraçada, a festa de final de ano do programa foi demais de engraçada. É super engraçado viver o que eu to vivendo, sei lá. Difícil explicar as vontades.

O que escrevo tem se tornado tão desinteressante, não? Talvez por eu não ter interesse em escrever. Isso aqui já estava morto, eu já tinha decretado o fim da página e voltei a escrever. Não me lembro agora o porquê, mas este post de volta está dois abaixo deste, eu acho. O que seguirá agora, talvez, são coisas desinteressantes, escritas por nada ter de melhor. Serão obrigações que eu cultivarei. Cultivo, cultura. Dia 20 espero estar em São Paulo.