sábado, setembro 13, 2008

Sábado, de Manhã.

Estes sábados de manhã são bem diferentes daqueles que já tive em outros momentos de minha vida. O rádio-relógio despertou hoje com música dos Jacksons Five que usamos na gincana do meu 1º ano de ETE Presidente Vargas. E eu não consegui mais dormir. Comecei a lembrar das coisas boas e despreocupadas e da falta de 
sofrimentos daquela época, lembrei da frase escrita em uma faixa escrita em preto e rosa no fim do 3º ano: "Depois de tudo isso, vencer é só um detalhe.". Isso não valia só pra gincana que terminava por aqueles dias, mas sim pra vida inteira. Hoje, realmente, me parece que vencer é só mais um detalhe.









Tenho diversos medos e estes medos são degustados sozinhos aqui pelo Rio. Não sei se é medo de não dar certo... na verdade creio que seja medo de ter de fazer coisas que não estou afim, coagir em processos que nada são prazerosos. Não sei se o melhor é desistir de uma vez e buscar meu espaço em outra coisa ou persistir e ver o que de bom há deste lado. Tudo é tão longínquo!
Queria mesmo era pegar um ônibus, ter pessoas que eu gosto do meu lado, nas quais eu confio, e sair pelo Brasil promovendo exibições em cidades simples e complexas também. Estar a serviço de empresa nenhuma, apenas do Bem, do prazer imediato e sustentável de pessoas de almas simples. Estar mais perto de minha família, de minha origem, conseguir sentir mais a minha infância como algo que passou há pouco tempo.

Por hoje, mais uma vez, pego o 2113, com ar condicionado e vou direto para o PROJAC, onde desço na porta. Lá, almoço algo no restaurante e pago barato. Hoje, talvez, eu poderia buscar um lugar pra morar ali por perto, mas não sei se é isso que quero, não sei se é isso que preciso neste momento de começo. Viva o Rio, viva o Rio! Alguém me socorra por aqui, alguém me faça companhia sincera, por favor.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Os primeiros passos receosos já são dados. Já não estou tão confiante em me jogar, em fazer carreira. Encontrei com um conhecido estes dias e conversamos sobre como estar lá dentro, trabalhando no mais mínimo dos trabalhos, possivelmente seja coagir com formas de relações humanas que não fazem bem pra ninguém. E este é, talvez, o problema mais grave. Porque foda-se o quanto se gasta ou de onde vem o dinheiro, desde que todos estejam se divertindo e fazendo algo que lhes faz bem. O ruim é quando se coloca em um pedestal a escrotice, os seres arrogantes e nojentos, com os quais ainda não tive o desprazer de trabalhar.

Talvez o papel de nós, jovens, lá dentro seja mudar a cena. Talvez. Ou pra gente cabe apenas passar por lá e construir depois, fora de lá e com o know how adquirido, os poderes externos pra acabar com estes modelos de trabalho difusão.

São apenas conclusões passageiras de um iniciante.