segunda-feira, março 31, 2008

Sábado

Pequeno nesta casa grande. A prainha a alguns bons metros, mas não seria uma boa idéia ir até a Barra do Una agora, pois o Una pode estar lá. Nesta casa para 20 pessoas bem acomodadas, em camas, só estão eu, mamão, cunhado e irmã. Dois quartos vagos e uma solidãozinha no silêncio da noite que vai com sua chuvinha leve, que não atrapalha meu caminhar ao redor da piscina, nem o olhar medonho do deck para o rio. Rio Una.

Eu queria poder jogar voley aqui, mas a bola, da quadra, iria ao certo para o rio. E eu não me atiro nele.

Queria poder prever quando a minha vida vai voltar a mudar. Uma certa coceira nas mãos já está começando e espero que não demore muito para surgir a próxima oportunidade. Um empreguinho, eventozinhos, um cineminha para cometer. Me dá vontade de abandonar esta faculdade e iniciar outra, para poder aproveitar a bolsa do governo federal. Reaproveitar. Não consigo ainda sentir que meu destino está no Cinema, ou melhor, sei que não está. Quem sabe jornalismo? Jornalismo seria realmente muito legal. Preciso conversar com o Julio, o psicólogo e que fez Mackenzie em segunda opção. Marcado na agenda: conversar com Julio assim que voltar para São Paulo - se não der certo o estágio na Globo, vou pra jornalismo. Obrigado PROUNI.

Olhe só, decidi isto escrevendo este parágrafo acima. Já que sei que vou querer isto depois, porque não começar agora e não perder mais tempo fazendo filminhos? Jornalismo também me dará inserção. Pensou Jornalismo na Mackenzie? Seria genial. Ou então em outra faculdade bastante bem vista nesta área. Segunda coisa marcada na agenda: pesquisar ranking das melhores faculdades de Jornalismo!

Talvez seja exatamente esta paz que está lá fora e no mar bem próximo que me ajudou a decidir isto. Tenho vinte anos e não há porque me desesperar. O começo agora, sei, não é começar do zero. É saber exatamente o porquê de começar algo novo. Gostei. Obrigado. O Cinema morreu, viva no Jornalismo que só usa o Cinema. Posso ter escrito besteira.

E daí tudo até agora fica e abre-se um novo caminho. Um caminho sem medo, mesmo.
Sei que tudo vai ser diferente a partir de amanhã.
Começo logo logo o inglês. Já abrirão daqui um tempo os novos caminhos.
Ou TV ou nada.
Ahhhhhhhhhh!

Coloquei o remédio contra-pernilongo na tomada e espero que surta efeito.

sábado, março 29, 2008

Barra

Olhe só... Olhe porque sempre o conteúdo é audiovisual, sempre. Resolvi, de vez e enquanto estou desempleado, investir aquele dinheiro. É um curso de inglês, porque não quero mais ficar de lado por causa de um idiota de um idioma. (O que será que quer dizer o prefixo "idio"? Ou será que não é um prefixo?). Wiseup, conhece? O método é o primeiro que eu achei que seja o que primeiro e sempre pensei sobre o aprendizado de um idioma. É uma intensa imersão, mas aqui, de onde não posso sair, só posso ir pra lá e pra cá. O foda é que vai dinheiro... iiiiiiiiiiii... como vai dinheiro! E isso me deixa triste.

Estou em Mogi, a esta hora, sozinho na sala da casa da namorada. Ela acabou de ir dormir e pausamos no meio o filme que assistíamos (e que eu já assisti umas 67 vezes). É gostoso ficar por aqui, estar por aqui. Mas mais gostoso, creio, será ir amanhã pela manhã para a mesma casa, a mesma praia, o mesmo rio ao fundo e a piscina reformada. Isso para descansar (mais?!) até segunda ou terça-feira.

Estou voltando a querer um emprego, algo mais fixo, entende? Algo de segunda a sexta, de uma vez por todas, para eu poder investir em mim aos finais. Há a possibilidade de mudar de estado, de fazer de tudo pra trabalhar na TV, onde quero mesmo, ou em produção de sempre mais público e mais fluída. Quero acompanhar e ir além nas teorias da comunicação atuais. Aplicadas.

Agora vou assistir um pouco do canal NHK
(é esse o nome do canal japonês?). Enfim, vou ver um pouco de TV até dormir. Ou não.

Quero a vida, quero as pessoas, quero o gosto da cereja.
E quero começar a firmar tudo. Mais ainda.

sábado, março 22, 2008

Feliz serve pra quê?

Olha, eu realmente não sei. Não faço a menor idéia.


sábado, março 15, 2008

JBA

O cinema brasileiro tem duas vertentes que se entrelaçam durante toda sua história. Uma delas é a vontade de fazer cinema, a descoberta do prazer individual e coletivo de filmar, revelar nossa paisagem, nossas belezas, nossas originalidades e também nossa capacidade de contar histórias, de transformar nossa gente em personagens de cinema. É o lado da verdadeira força do cinema, como meio de expressão, o que nos impulsiona e que faz com que nos batamos 24 horas por dia pelo direito de filmar, pela afirmação desse direito e pela qualidade original do que fazemos.

Essa vertente afirma o cinema como, exatamente, um meio de expressão em busca de seu público e não simplesmente a busca calculada de algum público pela adequação de nossa criatividade às regras do mercado, regras, aliás, permanentemente desmentidas pelos fatos, pelos sucessos inesperados e pelos fracassos de filmes chamados "corretos" e "de mercado".
A outra vertente é a do oportunismo da produção.

sexta-feira, março 14, 2008

Hoje, em mais um dia de folgado em Guararema, as lembranças e preocupações que ficam no peito começaram a se mexer. Ao tomar banho tentei dimensionar a falta que será quando não tiver meus pais, ou pelo menos algum dos dois, por perto. Não consegui, não consegui. Me preocupa não conseguir isso, não conseguir sequer cogitar esta possibilidade e ver saídas. E não me preocupa me preocupar com isso agora. Acho interessante, importante.

quinta-feira, março 13, 2008

A resposta:

Oi, Jr.,

Suas críticas são bastante pertinentes, mas tenho contra-argumentação para algumas delas. Primeiramente, o fórum de apresentação é uma atividade predeterminada para todas as disciplinas on-line. Por quê? Algumas das disciplinas on-line disponíveis neste semestre já estão sendo oferecidas para calouros. A apresentação funciona, assim, como uma maneira de "aclimatar" esses novos alunos. A discussão sobre o conteúdo da Unidade 1 será feita simultaneamente à da Unidade 2, embora nada impeça que possamos começar essa discussão já. Em segundo lugar, a metodologia de ensino-aprendizagem das disciplinas on-line prevê uma interação menos confortável entre professor-aluno e aluno-aluno do que a das disciplinas presenciais. Por que menos confortável? Não apenas pela falta de proximidade física e pelo intervalo de tempo maior de interação (lapso temporal entre emissão-recepção das mensagens), mas também pela exigência do trabalho de sistematização lógica do pensamento que se quer expressar. Mas menos confortável não significa mais pobre em termos de construção do conhecimento. Há alunos que passam pelas aulas presenciais em brancas nuvens, como aqui igualmente haverá. Só que os alunos que se dispuserem a realmente construir o próprio conhecimento neste ambiente podem alcançar uma autonomia de vôo que poucos alcançam no presencial. E esse aspecto é a "deixa" para introduzir o terceiro e último argumento da minha resposta: o conteúdo disponibilizado na disciplina on-line é apenas ponto de partida, não de chegada. Não basta sentar na carteira e ouvir o professor despejar dados, informações, definições e conceitos. Quem quiser de fato aprender terá de ir além, pesquisando, buscando mais referências, ampliando seu repertório. E esse é o "estado de arte" da pedagogia mais avançada, a que leva o aprendiz a aprender a aprender. (Observação importante: esta disciplina é oferecida como regular no 2o. semestre do curso de jornalismo, depois de os alunos terem cumprido no 1o. semestre a disciplina "Pensamento Filosófico".)

Apesar da minha contra-argumentação, esteja certo de que seus comentários serão compartilhados com a equipe do EAD para que os conteúdos e procedimentos didáticos das disciplinas on-line sejam aprimorados. Estamos todos aprendendo.

Abraço, Cris

segunda-feira, março 10, 2008

Day Free

Professora, pena não poder responder no próprio e-mail, me sentiria mais confortável. Serei bem sincero:

Ao escolher uma disciplina on-line como optativa o fiz por falta de opção. Não haviam presenciais a contento em bom horário e alimento a opinião de que isso é estratégia administrativa do Sr. Anhembi para diminuir os gastos com o aluno, afinal numa disciplina on-line a sra. normalmente usa o computador de sua casa e eu da minha, nem vamos à Universidade neste "day-free" para gastar água, luz, podem diminuir o número de bedéis, é um dia a menos para percebermos o quanto de material didático falta em nossa linda e enorme biblioteca, enfim, etc. Por isso mesmo já fiquei sim com um pé atrás ao começar a fazer as aulas.

Não acho de serventia a apresentação. A fiz para ter a presença e só. Mesmo que eu tenha me interessado na apresentação de um colega de turma on-line não entrarei em contato com este, os tempos de salas de bate-papo já passaram. Acharia sim mais interessante termos exercícios e conversas sobre a matéria, que achei interessantíssima e serviu para relembrar o que já havia aprendido nas aulas de filosofia.

Quanto à estrutura do curso on-line, quero esperar para ter uma maior opinião. Já fiz um curso do SEBRAE online e este era sim muito bem estruturado, por mais básico que fosse. Aqui me parece que, se eu não houvesse aprendido tudo aquilo em filosofia antes, não sei se aprenderia só com o conteudo disponível. Tudo bastante condensado, explicado por cima, enfim.

É bom expor isso.
Grande abraço e boa sorte no trabalho.

Jr.