quinta-feira, julho 17, 2008

Voltando pra ir. Finalmente.

From: brenonjr@raizprod.com.br
To: toledobujica@msn.com
Date: Wed, 16 Jul 2008 16:17:19 -0300

Pois é, Du, essa coisa de família acho que sempre é e deve ser mais forte, em qualquer momento... E, pensando com o Juh há dias atrás sobre ti, vim também a achar que o dar certo pra você está fora das lógicas capitalistas humanas que tanto o pessoal de SP, Gma ou Brasília e UnB têm. E sumir, você... acho pouco provável. Sei que você tem certa noção do quão forte é e significa pra algumas pessoas. Gostaria eu de conseguir aparecer simplificadamente tão bem assim.
 Estou no ônibus voltando do Rio. É meio-dia e quinze. Peguei no note pra começar a escrever os e-mails de despedida e passada de bastão que tenho que fazer por conta do festival. O festival é uma coisa muito forte pra mim e me dói bastante ter que deixar tudo e saber que provavelmente nem vou poder voltar pra Guararema para assisti-lo. Quero que, desde evento em diante, ele possa significar outra coisa no contexto regional e na mente do povo local e vinha trabalhando muito pra isso... um trabalho duro, sabe?, corpo-a-corpo quase. Porém não sei se firmei bem todos os alicerses necessários para que isto aconteça, creio que não. E eu..., que sempre quis resolver primeiro os problemas que estivessem mais perto... 
Vou pro Rio e tenho medo de descobrir as verdades que sei que existem nessa coisa de monopólio, nessa coisa de comunicação a serviço... Porém é preciso ir lá e ver. E o ambiente do PROJAC é feito de brasileiros, em sua maioria cariocas, o que atenua a brutalidade desse poder todo. Bem, agora o que resta é lavar os olhos de preconceitos, pegar a cartilha, estudar e entender na prática.
Em uma sala de espera (a mesma que estava Paulo José na última vez que lá eu fui) conheci Marco Rodrigo, diretor, com quem conversei um pouco. Pode ser um de meus próximos chefes e começou lá assim como eu estou começando. Senti-lo em sua simplicidade e proximidade me atenuou alguns dos medos.
 
Acho que é um caminho possível.
Já com muita saudade, relembro emocionado partes da trajetória que vivemos (juntos) até aqui. E só temos 20 anos. Você sabe muito bem que comigo pode contar... em cartas ou cinema 3D.
 
Brenon Jr.
RAIZ PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS LTDA.
www.raizprod.com.br
(11) 9459-7799 / 3024-4499
 
www.festguararema.com.br

domingo, julho 13, 2008

mutualidade individual

Escrevi isso certa vez, faz bastante tempo, eu bem creio. Não interessa pra quem foi, apenas o que foi escrito e o sentimento que emana. Atemporal, impessoal, subcircunstancial...

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Nesssa madrugada eu recorro mais uma vez ao PC para escrever e me desentupir. É uma forma de tentar contato, de registrar um sentimento do qual tenho certeza que é passageiro. Afinal todos são e tenho a consciência dos seres mutáveis, dos seres que se apresentam em perverdadeíodos, em fases que se dividem entra reflexivas e irreflexivas/ativas/gritantes. E são três e meia da manã, horário em que se não acredita em mais ninguém.
Hoje eu tenho uma namorada que na verdade não sei se é minha. Na verdade sei sei; mas o que eu sei e do que tenho certeza é apenas de sua dignidade, respeitabilidade. Mas sei que tudo isso não é nada, que pode se perder. E essa questão veio à tona por informações de uma pessoa sobre seu relacionamento - e questiono a veracidade das informações, mas a mim, como persona distante e ausente, nada me resta a não ser acreditar.

Um dia eu tive muita vontade sobre você e, como sempre digo, nada termina definitivamente nunca, mas se atenua e quase torna-se imperceptível. Tornou-se. E depois que se tornou eu vi algo de mais belo, algo de único e que me fez acreditar em muita coisa boa, me fez acreditar que eu, persona estranha ao mundo, poderia também viver algo calmo e ter paz, a paz que eu quero, assim como eu a via exercendo. Sim, porque você me espelhava, porque o mundo também te estranha, e eu achava que lhe conhecia. Realmente eu não sei quantificar a importância que tens pra mim e até soa estranho eu pensar tanto em ou sobre uma pessoa que nunca deve ter dispensado parte inteira de fatia de pensamento a o Jr., mas o que me interessa é pensar o mundo através de você (e sim, isso pode ser uma mentira, um engano, e eu só esteja fazendo tipinho de alheio a ti). Em algum momento eu queria a reciprocidade de alguém para diminuir essa esfera enorme e complicada em apenas dois pontos: o eu e o ela - e disto levantar uma lona e proclamar a liberdade do raciocínio relacional, do pensar antes de falar, do imaginar antes de ser. É, porque eu não queria imaginar, não queria ter medo, não queria ter de pensar o que o do meu lado pensa. E é isso que você representou, esta idéia, esta sintese. E hoje tudo se descontrói de forma que a única coisa que posso pensar é sentir alguma coisa, e essa coisa se assemelha a medo. Bate nos cantos da minha cabeça o "medo de te perder", mas como assim se nunca a tive? Acho que sei: é perder o que eu acho que você é e, por ser assim deste jeito, você é única. Às vezes eu consigo me decifrar...

É engraçado o fato de chamarem de "raros" pessoas que se assemelham. É estranho eu buscar o diferente, porque isso não existe. Mas contudo porém entretanto todavia eu sou um artista na vivência e eu posso e devo buscar o diferencial em cada ponto. Em cada ponto sincero, sem demagogia de Teatro Mágico, sem precisar sobreviver com a alienação de quem eu quero bem. A verdade é que eu te reconheço como artista de si mesma e dos teus lados, a verdade é que mais uma vez irás pensar que tudo isso é denso demais e complicado e é uma verdade que és densa demais e complicada, ou não, e eu lhe admiro.

Todo mundo tem um dia de entendimento pleno e mútuo.

Boa sorte.
Boa noite.

terça-feira, julho 08, 2008

Engraçada noite de janelas abertas. Preferir não sair, preferir pensar em descansar nesta cidade que estou gostando mais. Tomar a cerveja no bar perto de casa, subir as ruas silenciosas, chegar em meu quarto e sozinho procurar algo a fazer. Talvez, verdade, sejam bons os momentos de reflexão e São Paulo não é assim tão ruim, dá pra se viver com uma família, com alguns objetivos e tal.

Alguma tristeza me incomoda hoje. Apertinhos no peito e no começo do estômago que não querem se explicar, não sabem me dizer a quê vieram. Queria poder criar mais, ter algum material aqui para montar, ter alguns trabalhos de organização pra fazer. Mas não os tenho e por isso recorro ao documento Word que posteriormente será lançado em meu blog. Pensando bem, vou agora assistir o final de “Modern Times” que comecei a assistir estes dias. Bom Cinema!

terça-feira, julho 01, 2008


Pela segunda vez em pouco menos de um mês estou a caminho do Rio de Janeiro e, desta vez, terrestremente, rodoviariamente, onibusamente. Tomei um ônibus em São José dos Campos achando que faria um bom negócio, mas não o fiz. Esta é uma tal de Viação Sampaio que me vendeu gato por lebre, uma passagem executiva em um ônibus convencional. Enfim. Estou parado agora em um trânsito já no estado do Rio, um pouco pra frente de Resende, , Barra Mansa, numa descida onde acho que há um acidente pela forte presença de viaturas da polícia rodoviária e de ambulâncias. Enfim.

Há muito, muito tempo que não escrevo. Não sei se é a falta de necessidade ou de tempo mesmo. Hoje, às 6h, acordei com uma mulher/menina falando alto coisas em minha casa, em Guararema, que me fizeram pensar bastante. Em minha presente vida, se estou fazendo feliz e se estou construindo boas coisas ou não. Será? Não sei o que devo fazer ou se já deveria ter feito. Fato é que não sou o mesmo e não tenho capacidade de distinguir exatamente onde ocorreram as mudanças em mim, porquê e saber se isso é bom ou ruim. Então eu vou só vivendo, mastigando tudo o que me aparece. E me aparece, tem me aparecido muita coisa no Festival de Cinema, nesta coisa toda com o Rio (que alguém uma vez me disse que não posso falar tão abertamente sem ter medo do prejuizo de não dar certo), dessa nova vida com as novas pessoas de Guararema, minha cidade. Também, talvez, seja por eu estar hoje assumindo mais quem sou, como sou e me fodendo pra moralidades e conceitos superficiais.

Breve penso em mudar de casa, ter uma vida mais sossegada (que não sei se realmente quero). Eu, sinceramente, gostaria de viver um outro grande amor, mas assim, bem grande mesmo, que me deixasse desnorteado, com vontade de ser mais. Quando as coisas vão ficando fáceis tudo fica mais chato. Chato. Vivo dia a dia pensando se sou ou não uma pessoa legal e porque toda essa gente boa que sempre está do meu lado se aproxima de mim.

Bien, todo que circunda mi vida en estos momientos puede ser visto un poco en www.festguararema.com.br. Por este evento que estoy dando mi sangre atualmiente. Mi español esta correcto?

Ah! Esperanças de mais agito nos corações para o próximo semestre... Será que o amor da minha vida está no Rio? Há três semanas que essa questão não sai de minha cabeça. Na verdade, não a questão, a afirmação. Boas energias a nosotros.