segunda-feira, dezembro 25, 2006

Se tudo que é sólido desmancha no ar, o que se dizer das coisas que se formam no ar e há a vontade de que se tornem sólidas o mais rápido possível? Vamos à verdade rápida: estou gostando e querendo alguém como há muito tempo não queria. Aquela sensação infantil, entende? Primitiva... E difícil como sempre. O natal era pra se passar com família e em parte foi, mas só em parte. A noite foi chegando e eu quis voltar à São Paulo, à internet, à presença ausente de todo mundo. Fiquei de bode. Fiquei à espera de um milagre, com o coração batendo descompassado e pensando em todas as possibilidades possíveis. Isso, redundância. Queria ter a foto certa pra colocar aqui mas ela está em Guararema, e eu não. Eu penso aqui com meu teclado sozinho em meu apartamento que não há nada o que perder, apenas pode-se ganhar coisas ruins. Mas então foda-se porque meu mundo não é pequeno e posso fugir. Então é se entregar, só. Quantas voltas dão os mundos!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

"Tudo o que é sólido desmancha no ar"

Marx escreveu uma frase que é densa o bastante pra ser sentida como um tiro no peito.
Só quero dizer da mudança de rumos e da ausência de pessoas confortantes com quem eu possa compartilhar isso. Porém penso às vezes que assim deve ser agora para que eu seja feliz depois, "a tristeza é uma maneira da gente se salvar depois / num trem pras estrelas, depois dos navios negreiros, outras correntezas". Queria procurar as pessoas de um ano atrás e me sentir bem também, não depender apenas das novas pessoas. E ontem, atipicamente, seu "th" não me fez bem e a procura fracassada de um passado amor ainda latente me fez revirar na cama com pesadelos que não tinha há muito tempo. Talvez porque achastes aquele que sempre quis que eu fosse e infelizmente nunca pude ser e já tenha construído o rio de crocodilos que separa teu castelo de felicidade da minha vila das preocupações. E não devo opinar sobre decisões tão certas, apenas aguardar que o que existe em mim desmanche no ar, porque o que existe aqui é sólido.















Uma Cena Jovem se abre e eu aguardo os primeiros comandos. Não há maior realização do que trabalhar com gente confiabilíssima, que tem o sucesso em cada palavra, gesto, decisão, carinho. E então, com toda esta estrutura, se pode realizar as mais importantes coisas pra si mesmo. Não poderia ter melhores amizades, que não são aquelas que te empurram pra algo já pronto, mas que te fazem construir junto para que você tenha mérito depois também. E tudo é São Paulo e no mundo, que está na próxima esquina.

Mas na realidade eu queria levar sempre alguém comigo.
Mas tem gente que não quer sair do lugar, do conforto da mesa de jantar, do carinho fluído e fácil.
Mas eu hei de achar uma menina, ou então uma mulher, talvez, quem sabe.
Mais luz nesse natal, e no pré também.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Los Hermanos - Alem Do Que Se Vê
Marcelo Camelo
Moça, olha só o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê

Sei que a tua solidão me dói
e que é difícil ser feliz
mas do que somos todos nós
você supõe o céu.
Sei que o vento que entortou a flor
passou também por nosso lar
e foi você quem desviou
com golpes de pincel

Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
que o bloco da família vai atrás

Põe mais um na mesa de jantar
por que hoje eu vou pra aí te ver
e tira o som dessa TV
pra gente conversar
Diz pro bamba usar o violão
pede pro Tico me esperar
e avisa que eu só vou chegar
no último vagão

É bom te ver sorrir
Deixa vir à moça
que eu também vou atrás
e a banda diz: assim é que se faz!

Sei que a tua solidão me dói...
Sei aquela mesa de jantar...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Bosta de Boletim

Disciplina Notas Faltas Média
Final
Total
Faltas
Observ. Carga Horária*
1Bi 2Bi 1Bi 2Bi
CIÊNCIAS SOCIAIS 9 8,5 2 0 9 2 Aprovado 80
ESTUDOS DA COMUNICACAO 7 8 6 0 7,5 6 Aprovado 80
HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO I 8,5 4,5 2 2 6,5 4 Aprovado 80
HISTORIA DO CINEMA II 7,5 7 0 0 7,5 0 Aprovado 80
TECNICAS DE ROTEIRO 9 9,5 0 2 9,5 2 Aprovado 80

domingo, dezembro 17, 2006

Próximos meses

De ontem em diante sairei menos, esta noite me fez pensar. Pensar muito, até todos acharem que eu me achava deprimido ao procurar o ar fresco e a solidão mental. Menos dinheiro é gasto e minhas energias se canalizam para meus objetivos que irão se concretizar nos próximos meses. As relações se darão do jeito que têm que dar e não apenas pela luz da noite - é lógico que uma baladinha também de vez em quando não será ruim, mas só se for indispensável mesmo.


Principiemos na ação para a fase calma. A conversa vem depois.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Pausado

Bom dia!

A agitação me excita em alguns tempos. Quero discorrer sobre essas amizades tão confortantes e alegres e que apenas me fazem bem aqui de São Paulo, que são de Campinas, de Santos, de Tatuí, de Mogi e de tantos lugares que nem sei enumerar. São aquelas pessoas que fortalecem o sentido de existência e importância, entende? Antes de ontem, o aniversário. Ontem, o mesmo não ir me faz bem ao acordar com ligações e ligações e mensagens me xingando e me perguntando o porquê de eu não ter aparecido. Eu explico: dormir às vezes é preciso e adiar o prazer é bom. Essa semana ainda tem muito o que dar. Amor antes, sexo depois.

Será que alguém lê isso aqui? Pouco importa.

Grande beijo.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Desconectado

As férias chegam e e eu me desconecto por algum tempo. É preciso arrumar minha vida, botar mais calma e misturar com minhas vontades empreendedoras. O amor fica aqui, reprimido, sem chance de se libertar e ser vivido, ossos do orifício. Minhas notas ficaram no 7,5 quase sempre e tudo bem, tudo bem, sei o porquê e resolver-se-á. Preso nessa cidade as baladas e festas parecem ser contínuas e minha casa é sempre lugar de passagem. No trabalho, o desgaste de um natal que vai ser vivido como nunca fora vivido e nem vai ser vivido outra vez. Em janeiro, dias e dias de folga e realização de produções audiovisuais que penso que vão reverter dinheiro, pelo menos é preciso que se torça para isso, para o ganho, para o currículo, etc. Será que sou capaz? Presencio coisas que detesto e faço da queda um passo de dança, como antes. E quando olho pra trás, sinto a nostalgia e o fracasso de não ter feito as coisas de melhor maneira e ser este serzinho que pouco é visto com bons olhos e que se desintegra a cada passagem de semana. Tenho muitas saudades, tenho vontade de viver uma mesma coisa toda dia. Mas estes meus tempos são assim: frente ao vir a ser. Aguardo. Espero. Digo espero para não dizer esperem.
Escrevi uma carta e não mandei, tenho medos. Mas acho que o fato de escrevê-la já a consuma e se baste. Espero. Talvez um dia tudo se resolva e eu ria nostálgico de tudo isso agora. Agora eu vou para lá, para o mesmo lugar onde vão acontecer diferentes coisas. E hoje à noite a mesma Vila Olímpia me espera sem brilho, aguardando, sempre aguardando num copo de vodka ou qualquer outra coisa que amenize o vazio.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Volta tudo, a tristeza recorrente, o mesmo aperto no peito que descubro então que é temático e só se dá por uma pessoa. Digo: não é possível levar tudo brandamente, como em água morna, pacificamente longe, utopicamente sonhador, como queres e diz que levas.

Faz muito, mas muito tempo mesmo que eu não sonho. Sonhar, enquanto se dorme, sonhos surreais ou não. Não sei onde eles foram parar, quem me tirou talvez esse direito, não sei. Me preocupo, me entristeço com isso e não digo nada a ninguém. Talvez pra isso que sirva uma coisa assim na internet, não? - pra dizer o que não se diz à ninguém.


Tudo isso de agora foi por você me ver, assim, tão surpreendentemente. O castelo de areia que construo com seus telefonemas ou mensagens ou demais coisas virtuais não se dão na prática, aqui, no solo, onde a gente se relaciona, onde as coisas podem dar certo, seja lá de que maneira. Sinto cada vez mais que continuar preso a ti e sentir-te tão ausente, desprendida, fugindo e me dizendo que não quer fazer o que faz e pedindo desculpas e isso tudo só pode ser mentira. A minha própria mentira, a que eu mesmo crio ou apenas dou corda. Ontem eu falava pra cada pessoa que chegava perto de mim que eu precisava amar e me sentir amado, na pele. Sei que este é um segundo momento, mas nada impede nada e um carinho, um beijo, um abraço afetuoso ou uma especial atenção repentina não é sinônimo (ou é, mas não é isso que me diz em cada palavra escrita?) de compromisso. E que quero sinceramente que enfie no cu todas as merdas que falar sobre meu jeito de ser ou estar sendo - meus momentos únicos são assim: extremamente sofridos, torcendo toda a tristeza, levando ao ápice minha forma de viver, para que depois eu esteja livre pra mim mesmo.

Me sinto muito, muito sozinho. E tudo em mim é muito confuso, o que não me faz dar certeza de que amo outra pessoa. Você, menina, mexe com meu conceito e não sei mais direito o que é amar alguém.

domingo, dezembro 03, 2006

já faz um tempo que eu não escrevo artisticamente, assim, textos, mas a vida anda... anda... artística sim. essas festas, essa ausência e os reencontros, amigos secretos, cartões postais, stress, mogi das cruzes, a vida mudada, guararema, surpresas, coisas tristes etc. o viver artístico parece que volta a tomar conta, correr nas veias, sei lá. Sei lá sei lá. Wou, a vida anda corrida, sem fotos nem flashs nem coisas que possam prender um instante, a vida anda fluída mesmo.

a paz com meu amor é meu tema recorrente, a seleção de amigos e o fazer e sentir coisas diferentes também são. é que tem gente que é da gente e é delicioso ter essa certeza e amar e ser, apenas ser o que tem pra ser, sem nenhum compromisso. experimento tudo, cuspo e jogo fora. o que é meu já é. e eu sou teu. e pensar na mudança do espaço físico e de trabalho e as no
vas idéias... wow! sou um ser pensante, que ama, faz e é amado.

o cenário foi este, logo ali, em frente ao segundo poste que pode ser visto. os tiros não sei de onde vieram nem porquê alguém teve de morrer.

ajeitem o cenário e afinem a luz, o som é do meu próprio corpo. segure as cordas para abrir as cortinas. meu coração pulsa rápido desde quando nasci e é hora dele pular de meu peito. um, dois, três... ouça os passos do público entrando, os comentários sobre a cortina verde e feche os olhos, se concentre. junte as mãos num abraço em seus companheiros e mande você mesmo abrir as cortinas. eu entro depois.