terça-feira, dezembro 12, 2006

Desconectado

As férias chegam e e eu me desconecto por algum tempo. É preciso arrumar minha vida, botar mais calma e misturar com minhas vontades empreendedoras. O amor fica aqui, reprimido, sem chance de se libertar e ser vivido, ossos do orifício. Minhas notas ficaram no 7,5 quase sempre e tudo bem, tudo bem, sei o porquê e resolver-se-á. Preso nessa cidade as baladas e festas parecem ser contínuas e minha casa é sempre lugar de passagem. No trabalho, o desgaste de um natal que vai ser vivido como nunca fora vivido e nem vai ser vivido outra vez. Em janeiro, dias e dias de folga e realização de produções audiovisuais que penso que vão reverter dinheiro, pelo menos é preciso que se torça para isso, para o ganho, para o currículo, etc. Será que sou capaz? Presencio coisas que detesto e faço da queda um passo de dança, como antes. E quando olho pra trás, sinto a nostalgia e o fracasso de não ter feito as coisas de melhor maneira e ser este serzinho que pouco é visto com bons olhos e que se desintegra a cada passagem de semana. Tenho muitas saudades, tenho vontade de viver uma mesma coisa toda dia. Mas estes meus tempos são assim: frente ao vir a ser. Aguardo. Espero. Digo espero para não dizer esperem.
Escrevi uma carta e não mandei, tenho medos. Mas acho que o fato de escrevê-la já a consuma e se baste. Espero. Talvez um dia tudo se resolva e eu ria nostálgico de tudo isso agora. Agora eu vou para lá, para o mesmo lugar onde vão acontecer diferentes coisas. E hoje à noite a mesma Vila Olímpia me espera sem brilho, aguardando, sempre aguardando num copo de vodka ou qualquer outra coisa que amenize o vazio.

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