sábado, março 15, 2008

JBA

O cinema brasileiro tem duas vertentes que se entrelaçam durante toda sua história. Uma delas é a vontade de fazer cinema, a descoberta do prazer individual e coletivo de filmar, revelar nossa paisagem, nossas belezas, nossas originalidades e também nossa capacidade de contar histórias, de transformar nossa gente em personagens de cinema. É o lado da verdadeira força do cinema, como meio de expressão, o que nos impulsiona e que faz com que nos batamos 24 horas por dia pelo direito de filmar, pela afirmação desse direito e pela qualidade original do que fazemos.

Essa vertente afirma o cinema como, exatamente, um meio de expressão em busca de seu público e não simplesmente a busca calculada de algum público pela adequação de nossa criatividade às regras do mercado, regras, aliás, permanentemente desmentidas pelos fatos, pelos sucessos inesperados e pelos fracassos de filmes chamados "corretos" e "de mercado".
A outra vertente é a do oportunismo da produção.

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