terça-feira, janeiro 05, 2010

Espírito Santo - ES

Escrevendo do Espírito Santos, estado estranho ao sudeste brasileiro. Aqui não bejo gente trabalhando senão com o turismo, com as lojas de artigos praianos e de subsistência. Guarapari, Meaipe, amanhã vou para Vitória ou Vila Velha. Hoje é dia 28/12/2009, caso o windows live writer resolva confundir as datas mais uma vez na hora de postar no blog. Passo o reveillón aqui, aproveitando tudo que esta terra de mineiros tem a oferecer, mas puto com as visitas femininas em minha casa no Rio de Janeiro que só vou poder aproveitar a partir do dia 03/01 à noite. E minha cama de casal comprada e que já chegou em casa e eu ainda não aproveitei. Ah!, que vontade de usá-la.

Nestas primeiras férias de minha vida viajei a região sudeste inteira do Brasil. Saí do Rio, onde passei mais ou memos uma semana, fui pra São Paulo onde fiquei uma semana, fui pra Minas, onde fiquei em BH também mais ou menos uma semana e depois vim aqui para o Espírito Santo. Nunca tinha vindo ao Espírito Santo e estou escrevendo bastante porque há tempos que eu não tocava em meu teclado do computador. Há tempos que eu nem o tirava de minha mochila. Afinal isto é férias.

Preciso beber menos para aproveitar com mais consciência as coisas. Pegar as meninas ao invés delas me pegarem e se aproveitarem. Coisa estranha essa de aproveitarem de mim. É, estranho.

Mas acho que o que eu queria mesmo é estar mais tranquilo em algum lugar com alguém que eu gostasse. Tipo na casa de minha ex-menina, que hoje não me responde nem mensagens, nem e-mails, e sou excluído de seus perfis sociais. Como era gostosa aquela família e como sinto falta dela. Não sei se é paixão ou amor, mas sinto muito a sua falta. Liguei para a família dela quando estava em Guararema e como foi confortável ouví-los, todos, porque todos quiseram saber de mim, onde eu estava e como eu estava. Enfim.

Fico por aqui, escrevendo como se eu estivesse escrevendo um e-mail para mim mesmo. Estranho estes meus últimos escritos aqui, achos-os muito esquisitos. Mas acho que tenho meus tempos e tempos e agora saem essas coisinhas adolescentes aqui, tipo de diários. Haha, tudo bem.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Show do Milhão

Em nenhum filme indiano vi um casal de protagonistas dançar tão mal do que em “Quem Quer Ser Um Milionário”, de Danny Boyle. Claro, a excelência (há excelência?) deste filme com certeza não está na dança/música, mas foi apenas o que me passou pela cabeça nos créditos finais, onde ver os pequeninos protagonistas é muito mais agradável do que ver os sêniors dançando. E durante o filme pensei também sobre o subdesenvolvimento e tentei entender porque este filme ganhou Oscar’s. Não é um filme ruim, claro, mas queria me lembrar de quais produções que estavam concorrendo neste ano. É que acabo de ver também o Across The Universe e este sim me encheu os olhos.

Contudo, adoro os filmes indianos, seus ótimos atores e sua energia. A cor, o clima, a fluidez. O modo ultra-moderno de decupar e movimentar os planos. O tempo interno, a mise-en-scene.

No mais, continuo aqui em Guararema escrevendo em meu notebook sem internet. Não estou sofrendo tanto não. Acho que com 1 mega de internet a tristeza sempre dá uma trégua, né, se eu tivesse aqui nunca teria medo de nada. Apenas a chuva que preocupa; ver novamente cena como a de ontem, da inundação que, em 22 anos, nunca tinha visto no bairro aqui pra baixo de casa. Amanhã é dia de levantar cedo e ajudar o pai com o telhado de casa. Depois?! À noite encontro com amigos do colegial no Porto Vitória, em Mogi das Cruzes, e/ou formatura de 3º ano e 8ª série do Ivan Brasil, no Clube de Guararema. O triste é que minha maior propensão é estar nesta formatura, só não sei como fazer com esta festinha em Mogi. Talvez ir pra lá cedo e ver até o 1º tempo quanto vai ficar o jogo. Se não rolar contra-ataque, o negócio é voltar pra terra natal e aproveitar as férias. Conseguir um número de telefone de alguém do Ivan amanhã a tarde!

Queria postar uma imagem agora, há tempos que não posto nada e esse blog fica escuro. Deixa-me ver o que acho aqui em meu pc…DSC05991 Essa era a praça do coreto de Guararema há muuuuitos anos atrás, quando eu era bem criança. Acho que o Eduardo que tirou essa foto e escaneou. Uma kombi azul à frente e algum senhor lá atrás. Lá no fundo as janelas do mercadão, que depois virou Centro Artesanal e depois virou a prefeitura provisória da cidade. Lembro daí quando me deram de presente meu primeiro velotrol.eteEsse é um pouco da galera do meu 3º ano que se reunia todo ano pra celebrar o pré-natal. E a gente sempre achou que isso nunca iria acabar, que todo ano iríamos nos ver… rs… quanta bobagem que a gente pensa quando é gente nova. Amanhã, essa coisa de Mogi, é mais uma tentativa, que vai ser mais uma vez um pouco frustrada. Enfim, tudo foi muito bom e durou o tempo certo. Agora é sentir muita saudade, sofrer um pouco com a distância, mas conservar a energia boa que sempre nos uniu, passando-a pra frente. Fiquei angustiado.niverVó-87-2007 022  Eu, Paulinha (prima) e Shirlei (irmã) no aniversário de minha avó em Caçapava. Não lembro quando foi isso.

I wanna hold your hand

é que estou assistindo o começo de Across The Universe (2007) e já me inspira. São Paulo foi meu destino esta madrugada, com o Eduardo, e depois de assistir a alguns curtas de conclusão de curso dos meus ex-colegas da Anhembi Morumbi cheguei a Guararema, onde sempre encontro minha cama arrumada e meu banheiro limpo. me dá saudade disso aqui e hoje só consegui dormir, amanhã apenas que será dia de sair de casa. fico aqui até dia 22, quando vou pra Belo Horizonte. fico aqui uma semana. uma semana que me dá medo de ficar depressivo e não ter pra onde correr – aqui em Guararema não se tem pra onde correr, mas vamos ao teste. descobri que o melhor é admitir que o Rio de Janeiro já me é essencial e que existe a minha grande pré-disposição em ficar por lá. minha agenda 2010 está comprada e sei que não terá muitas citas até julho deste próximo ano. depois não sei. e não sei também se quero que haja. vou viver o melhor, voltar destas férias como se elas tivessem sido reparadoras. esta é a segunda semana.

na Universidade, CONSOLAÇÃO, curta-metragem de amigos totalmente filmado a custo zero no metrô de São Paulo, fala sobre as catracas deste metrô de mesmo nome, local de espera de jovens da noite paulistana do baixo augusta ou imediações. nele, um jovem espera, espera muito, e o filme é isto. em determinada hora um amigo chega e começa a comentar que lera um livro onde o autor ficava falando umas 90 páginas sobre o jeito certo de um homem andar. este autor é Stanislavski, o livro deve ser A Construção da Personagem e a cena foi inspirada no dia que eu cheguei para uma noitada ali, no metrô Consolação, falando sobre esta passagem deste livro. eu fiquei feliz, feliz mesmo por eles terem lembrado disso e, do jeito mais inusitado possível, me senti parte ainda daquela turma junta com a qual entrei no meio cinematográfico e que hoje se formam sem mim. o Cinema da Anhembi Morumbi já é nacionalmente conhecido e bem avaliado e juro que me sinto muito bem por isso.

e é incrível essa energia, a música e coreografia de Across The Universe.

domingo, dezembro 06, 2009

e então eu era herói e meu cavalo só falava inglês. deixo a escrita fluir como o ventilador ao lado que só lembra de mim no exato momento que tem que lembrar, na hora que seu vento a mim é direcionado. e então eu fui um amante e minha paixão só estala o fogo que passou. as coisas são feita assim, de restos e descuidos. de prosódias e grandes eventos. o quadro de horários não quer sair de minha parede e a faculdade já acabou. as férias chegaram sem eu querer e agora me convenceram de que serão boas pra mim. a agenda já está praticamente feita e eu quero tudo. quero colocar agora Cazuza para escrever o resto. por mar, por terra ou via embratel. meu corpo sente necessidades que eu não sinto; o cinto afrouxa-se mais vezes do que minha mente acha necessário. solidão que nada. e vou viajar pra perto mas por longos tempozinhos. criar laços mesmo, manter contato, manter contacto. a música do Cazuza invade, não há mais como escrever.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Relatório nº 22

Acho que tenho que prestar conta aqui, como faço praticamente todo ano. Fazer 22 anos depois de ter passado um ano inteiro falando que já tinha é boa coisa. Agora vou passar o próximo ano inteiro dizendo que tenho 23, o que, na real, não deixa de ser verdade quando se leva em conta que este será realmente o 23º ano de minha vida. O que se comemora nos aniversários e normalmente o que já foi, entende? Acho meio estranho. Por isso faço deste jeito.

Mais uma pessoa acabou de me ligar e atendi, feliz. Era o Felipe Herzog, um dos primeiros caras com quem dividi minhas dúvidas aqui no Rio de Janeiro. Aniversário seria mais legal se não tivéssemos que atender o telefone, acho. Todo mundo deveria vir bater na porta de casa pra nos dar abraços. E um por vez pra não tumultuar e podermos dar atenção pra todos.

Neste ano que se passou fui muito feliz, mesmo. Às vezes tento parar pra pensar a quantidade de amigos que fiz morando aqui no Rio de Janeiro. E tudo aconteceu mais ou menos depois que comecei a fazer Malhação, ou seja, depois do início de novembro do ano passado, meu aniversário. Esse ano foi ano de conhecer muita gente e me apaixonar por elas, ano de muito contato corporal e prazeres imediatos. Tipo: juventude, e uma juventude muito saudável. Tive que levar muitas matérias na faculdade, renovei meu contrato 2 vezes, fui elogiado nos trabalhos todos. Falta saber o que virá. Mas o que virá é caos, então melhor só pensar no que já foi feito, só nos 22 anos. Eu escrevi menos, eu sei, pudera. Amei pouco ou quase nada, infelizmente. Gastei dinheiro com besteiras, guardei muito pouco, engordei e praticamente me senti alcoólatra em alguns momentos. Viajei um pouquinho, mas fui menos para São Paulo. Conheci Minas Gerais e outra cidade do Rio também. Conheci gente de todos os cantos do país por aqui. Aprendi como são os sonhos e como as pessoas tentam realizá-los. Aprendi que eu costumo não sonhar muito. Mudei de casa algumas vezes e fui feliz e fiquei puto em todas elas. Tive confortos e grandes desconfortos. Nunca nada me faltou (só agora que tá um pouco foda). Tive paixões surpreendentes e poucas e pequenas decepções. Cultivei as próximas amizades. Nadei muito nas praias do Rio, nunca perdi as oportunidades de estar em contato com a água e a areia. Tenho mais sungas que cuecas. Correr na beira da praia… eeee laiá! Comecei a usar óculos, meus dentes da frente tiveram uns furos estranhos (que ainda não fui ver o que é), passei a depilar meu peito sempre que posso. Aumentei o número de amigos e conhecidos na universidade e tirei boas notas, acho que até melhores do que em SP.

Muito mais do que isso.

sábado, outubro 24, 2009

SOBRE 2 PATOS NA LAGOA RODRIGO DE FREITAS

Com essas coisas todas e já podendo sentir tudo que já senti (e que não sei se sinto mais) estou contando os dias para os meus poucos 22 anos. Que bom é ter 22 anos depois de ter passado 1 ano fazendo todo mundo achar que eu tinha 22 quando, na verdade, não tinha chegado lá ainda. E, coisa básica sim, mas é muito gostoso pensar nesse caminho todo que tive até aqui. E acho que esse blog existe só pra isso: pra eu lembrar como tudo aconteceu até aqui e o que eu senti nestes dias. Eu preciso agradecer… sei lá pra quê ou sei lá pra quem. Mas se eu páro pra assistir o que passou no Globo Repórter de hoje, vejo como sou priveligiado de ter chegado até aqui e tão sossegadamente.
Papai fez até a 4ª série e mamãe até a 6ª, no máximo. Meu irmão foi um sortudo e inteligente com seu bom jeito de ser e de tratar as pessoas. Minha irmã, a que aguentou as coisas todas, hoje saiu do caminho que provavelmente queria trilhar, mas acho que é feliz nas coisas tão importantes que faz. Gosto destes que estão ao meu lado. E tenho a impressão de que só consegui as coisas que consegui, sozinho, tendo o ponto de equilíbrio neles. De Guararema, do Teatro e dos grupos sociais da cidade fui para Mogi das Cruzes fazer meu ensino médio em uma escola concorrida com os pés nas costas e me formando técnico em administração dormindo 60% do curso, mas sendo um dos melhores nos 40% em que me mantinha acordado. Passei na USP pra Marketing e ganheir bolsa do PROUNI em uma ótima universidade, como a menina que aparece no vídeo abaixo, ao mesmo tempo. Optei para o viés artístico e deu no que deu… trabalhei um ano apenas de minha vida em uma trabalho “normal” e depois só fiz coisas relacionadas a minha área de estudo. E hoje estou aqui, no RJ, tendo de adiar a minha formatura porque a empresa que me contrata como estagiário me quer aproveitar até o talo como tal, me usando 2 anos seguidos sem férias. E sou um assistende de direção, coisa que nunca me imaginei, talvez até porque sempre tive pouca força para a imaginação. E ainda tenho.

Não sei onde vou parar não, não sei o que me espera. Não sei quem me espera nem o meu real valor diante dessas coisas todas que presencio diariamente. Não sei o que pode existir depois daqui, não sei. Não sei onde posso continuar aprendendo e se terei a chance de continuar apenas aprendendo… ou se na verdade aos 22 eu deveria saber a maioria das coisas. Sei que o caminho parece já estar trilhado… ou então vou me afundar, cair de cabeça em qualquer viagem que me desperte a curiosidade por um minuto apenas. E mudo de profissão como faço todos os dias pela manhã escolhendo a roupa que vou vestir. Não as escolho com bons critérios.

Boa noite.

domingo, outubro 11, 2009

FINAL DA TEMPORADA

De: Raimundo Junior
Enviada: ter 6/10/2009 18:34
Para: MPaulo; Lhrios; Luiz Pilar; Rodrigo Tapias; Grazieli Trentin; Vera Meliande; Silvana Estrella; Elvira Maria; Helena Bricio; Marcos Soares_JPX; Mary Help; Humberto Aguiar; Erika Lovisi; Cesargon; Adriana Romero; Filipe Lisboa; Fdias; Ttprata; ClaudiaMachado; Carolina Bozzi; Vanessa Marques; Jussara Magalhaes; 'patypetrone@hotmail.com'; Lucilene Silva_Prest; Andre Braun; 'producao@agencianatalia.com.br'; Christiane Santos_Let; Reginaldo Rodrigues; Adrianaj; Suc Sonja; Joana Bocayuva; Campos; Andrea Moreira; Vanessa Anesi; Juliana Bonis_Let; Ricardo Ottoboni; Joaquim Carneiro; Helenita Silveira; Frida Renfro_Prest; Raimundo Junior; Paula Souto
Cc: Joelcio Braga; Alexandre Reis; Sergio Louzada; Cristiano Guedes; Mariana Daflon_Prest; Alex Cabral; Cadu Franca; Rodolfo Giannotti; Vanessa Anesi; Vanessa Veiga; Paola Pol; Daniel Fellows
Assunto: MALHAÇÃO 2009 | ÚLTIMA ANÁLISE TÉCNICA - SEXTA-FEIRA - 09/10/2009

Amigos, segue em anexo a última A.T. da temporada 2009.

Temporada na qual trabalhei do início ao fim e encerrando neste mês 1 ano aqui. Pouco para a idade do produto, o tempo exato para um estagiário de direção.

Foi um prazer e o lugar de maior aprendizado nesta empresa. Foi agradável, fui feliz, conquistado por muitos colegas de trabalho e sinto que conquistei pessoas que desejo estar por perto, jogando no mesmo time.

Estou certo de que cresci com vocês.
Muito, muito obrigado.

Fortes abraços e boas energias!!!

Rai Junior
Assist. Direção
Malhação 2009
(21) 2444-4873
(21) 7834-8738
ID: 82*4261

06 de outubro de 2009

domingo, setembro 27, 2009

Barra do Una

Assistir UM BEIJO ROUBADO, de Wong Kar Wai, me faz ter de escrever isto e enviar pra alguém. Hoje eu uso óculos e essas lentes constantemente em minha frente são constantemente abordadas discursivamente por mim, ainda. Lembrei agora que lhe escrevei um e-mail há algum tempo atrás e não sei ao certo se me respondeu. E acho que por isso mesmo que lhe escrevo outro e farei isso sempre que precisar enviar um e-mail para alguém que não consiga me responder emotiva-sensorial-instantaneamente. Porque você está aí longe, somos ligados, creio, e você não pode me responder de um bom jeito, não do jeito que nós dois merecemos. E, quando eu digo essas coisas, tenho medo de pensar/criar coisas inexistentes... mas o medo é tão pequeno que some com o apertar de uma tecla. E eu digito o que penso...

Pensei em como a gente muda em tão pouco tempo, num intervalo de um ano. Lembrei de alguns grandes amigos de minha adolescência que já não vejo há mais de oito meses e que estão por aí, em mudança, assim como eu aqui. Lembro, agora, também de ti que não vejo há cerca de um ano. Lembro que cada pessoa dessas que eu lembro tem uma vida inteira, nova, grande, com outras e novas conexões formadas a cada dia. Lembro, por fim, de mim e de outras pessoas ao meu redor que têm problemas com a resistência às mudanças. E, enfim, eu só lembro... nada de conclusões.

As conclusões desta semana, última completa de setembro de 2009, é a de que continuo no Rio de Janeiro até julho do ano que vem. Hoje, na prainha, pensei que quero comprar a honda biz do meu irmão. Estou como único assistente de direção homem na nova novela das 19h, com mais 3 mulheres. O churrasco do final de semana passado foi melhor do que a mega choppada de Cinema de ontem. Eu não vou mais conseguir ler nada que não seja texto da novela nos próximos meses - adeus livro do Harry Potter, textos da faculdade, notícias na internet. O Festival do Rio vai passar e, se eu conseguir, verei apenas um filme - para ser otimista. Termino de gravar Malhação antes do previsto. Curso 9 matérias neste semestre, "bombo" em 1 que farei no semestre que vem, me formando, então, no 1º semestre de 2010, atrasando apenas 1 semestre minha previsão de formatura. Vou à São Paulo em outubro. Preciso correr com questões do filme em 16mm que rodo do dia 20 ao 25 deste próximo mês. Tenho bons novos amigos neste cidade, bons mesmo.

E, bueno, preciso dormir porque dormi pouco de ontem para hoje. Adoro você e sua distância... como ela me faz bem. Pensando brevemente, creio que não há pessoa mais agradável para quem eu possa escrever. Quero que estejas bem. Quero que as águas quentes daí sejam as mesmas daqui, esquentadas e ressalinizadas, viajando pela costa brasileira e tomando o suor de felicidade dessas pessoas que, como eu, têm o prazer de morar a metros do mar.


Te quero bem. Te quero.

sexta-feira, setembro 18, 2009

transborda.

descortina e se mostra um real inventado, visto agora por minhas lentes que sempre acho muito embaçadas. tem um quê de desilusão, daquilo que pensei ser meu terreno e que não sei, hoje, se é arenoso ou fofo ou os dois. como um sonho que cai, sonho que nunca foi sonhado. escrevo porque não sei qual minha parte, qual é a parte, não sei se é só uma parte ou se é um começo ou um fim. tenho medo. as pancadas, nesse ponto, são mais fortes e não é possível mais só abaixar a cabeça, morder os lábios e dar uma risada dissimulada. mudanças demais de um momento para outro, com, talvez, as mesmas pessoas. é um meio termo absurdo, complicadíssimo com disciplina, com 10 disciplinas semanais. escrevo por não saber. não sei onde ficar com aquilo que acredito, onde sustentar isso ou onde esconder isso como uma arma para ser usada mais tarde. e uma arma contra o quê? tenho medo dessas armas tomarem ações por si só, me deixando, então, à deriva sendo acusado por ser-me. é tudo muito grande e eu não tenho mais esta percepção. arranjar parcerias ideológicas é (a cada dia) mais difícil. mais complicado. tenho medo. tenho muito medo.

cabofrio 050

queria ter um conforto hoje, desse tipo de conforto que nunca tive depois que vim para o Rio de Janeiro. se a cidade fosse menos do que é eu não aguentaria. qualquer pessoa um pouco mais próxima que me tocasse o mínimo possível fazendo minha guerra interna necessária ser deflagrada, motivando minhas lágrimas. talvez o banho faça isso. talvez uma cerveja amanhã faça isso. ou então, quando eu já não mais aguentar, volto pr'onde eu comecei com toda esta história.

observa o  garoto com seu velotrol e o senhor com os balões.

domingo, setembro 06, 2009

não sei o que faço com o resto desse domingo. amanhã é feriado, mas isso significa quase nada pra mim, além do fato de não haverem aulas. daqui a pouco não haverá mesmo mais aulas e os feriados continuarão pseudo-existindo na tv brasileira. o que me move um pouco hoje é o desejo de ir além de ontem. mas minha cabeça daí revira e descubro a promiscuidade de tudo isso. chego a não entender essas pessoas com as quais eu e qualquer outra pessoa se envolve. e a relação é tão fluida que fico sem saber o que sentir no dia seguinte, mesmo acordando com a guria ao meu lado. os corpos deixaram de querer carinho e a individualidade (talvez proveniente da do sistema de vivência) é extremamente comum. e me dá uma vontade cada vez maior de achar alguém que deseje um carinho permamente.

domingo, agosto 23, 2009

Disparada

Prepare o seu coração
Pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo pra consertar

Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo
Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando
As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei

Então não pude seguir
Valente em lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente

Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto pra enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe do que eu

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei