quinta-feira, dezembro 27, 2007

Alemanhamente

Uma projeção de película acabou e eu saí da maior sala do HSBC Belas Artes, ali, na Augusta entre você e a Angélica eu encontrei a Consolação. O filme se chamava A VIDA DOS OUTROS e falava um pouco sobre a minha vida. É um filme alemão, bonito, meio chutado/quebrado/baqueado, entende?, mas em poucos momentos e fazia muito, muito tempo que eu não entrava numa sala de cinema e sossegado, sem pensar em mais nada, assistia um filme. A Vida dos Outros com uma brilhante atuação de Ulrich Mühe, que morreu dum câncer no estrômbago antes que o filme fizesse sucesso. Não sei se ele viu o filme ganhar o Oscar. Não sei se ele viu o filme. Se eu fosse ator gostaria de ser como ele, de Teatro, minimalizando em uma tela evidenciativa.

Daí então eu saí do HSBC, não vi os créditos terminarem, só dei uma olhada na cabine de projeção e
percebi uma câmera apontada para a tela. Achei magnífico - alguém, remotamente, estava preocupado com todas aquelas projeções. Da calçada já avistei a decoração de natal dos arredores da Paulista e hoje, sobre o começo da pista da Dr. Arnaldo, ali onde se formam os maracanãs, eu olhei a avenida em toda sua grandeza e imponência com suas luzes e milhões de reais e enfeites gastos na decoração e... gostei. Senti algo, sabe? Senti tudo aquilo bastante normal e meu, senti que ali era o quintal de minha casa e há anos atrás eu brincava de caminhãozinho naquele lajeado. Ah, sonho meu. Vai buscar quem mora longe, sonho meu.

E é isto. Sugiro que todos tentemos ser mais felizes e interpretar minimalísticamente neste final de ano, porque 2008 é do outro lado da rua e não haverão enfeites de natal. Sabe-se lá o que será de mim em 2008. Será que as mudanças vão ser tão radicais do que em 2007? A minha rotina é mesmo não ter rotina? IiIiIiIi

Ah! Eu quero um gole de Cinema///

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