Tchau Cinemateca Brasileira

Vou escrever em Arial porque uma diretora de Cinema conhecida me disse que esta é uma letra mais sóbria. Legal essa coisa de sobriedade né?!

E outra menina acabou de me dizer: "acho que ter vinte anos é igual ter 18, só que com mais dinheiro". Porra, ela está certíssima. E tem 18 anos.

Hoje eu começo a achar que tenho que me viabilizar para manter um emprego apenas. Essa correria e preocupação dupla tripla quadrupla é problema para quem tensiona estar na universidade também. Só preciso pensar e elencar o que exatamente vou perder saindo da Cinemateca, desse tão bom posto no qual estou. Acho que não vai ser pouca coisa e é por isso que eu não o fiz ainda. Precisava ter certezas por aí também. Não sei, não sei. Sei só ainda que isto vai demorar um bom e grande tempo para se concretizar - talvez só ano que vem e nem tanto no começo dele. Saindo daqui eu perco:

1. carteira assinada


2. 350 paus por mês


3. mais ou menos 200 paus de VT


4. a amizade com os funcionários e colaboradores conquistada


5. o estar dentro dos melhores coquetéis e festas da cidade de SP


6. o estar em contato permanente com pessoas importantissimas para o Cinema nacional e que tendem a me ensinar muito


7. ter tempo para fazer outros trabalhos durante o expediente


8. a internet e telefone liberados


9. trabalhar a noite e perto de casa


10. receber amigos aqui como se recebesse em minha própria casa

Pensando bem, são coisas demais a perder para um sujeito acomodado como eu. O jeito é fazer uma forcinha e delimitar meu tempo de trabalho. Com firmeza e com pouco banco de horas.