quarta-feira, novembro 15, 2006


ruas do itaim, o vento, o deserto, os bares meio cheios e a coca-cola pra tomar. aquela vontade de chorar que voce sente quando pensa em seus pais, na morte, na ausencia, e a distancia pesa, a falta de informaçoes momentaneas apertam o peito. a expressao aperta o peito é recorrente. eu gosto de escrever no bloco de notas e não gosto de perder tempo escrevendo. eu acho que deveriamos ter um tempo que não passasse, que fosse out, para podermos escrever. neste tempo a unica coisa por lei que tenho que fazer e escrever, portanto se eu não produzir nada escrito eu não devo fazer nada. aí veríamos quão bons somos.

domingo à noite soa calmo e interessante em são paulo, essa cidade que vai se tornando a cada dia mais minha. tudo é muito grande, extenso, vasto. o territorio é riquíssimo para exploração. e não é preciso ir à barzinhos ou coisa do tipo... é só descer do seu apartamento ou andar pelas ruas de seu bairro e ouvirá passaros cantando, cachorros latindo e gente pensando como em qualquer cidade.

não, eu não estou mal. eu estou reflexivo. por que é que sempre se acha que uma pessoa que pensa está triste. pensa-se para produzir e a produção não necessaiamente é também reflexiva... muitas vezes ela se basta. eu penso em meus pais, como já dito. eu lembro de meus amigos, eu lembro de humilhações e converso sobre elas, sobre toda a vida com quem está do meu lado.
eu queria achar um sentido para todos estes relacionamentos, essa convivência. sexo não é sentido, é nexo. amizade é necessária, não é noção. família é base sólida deixada no passado. e então o que resta. eu quero mais com esses dezenove anos, eu quero explodir, vazar, rachar o solo, gritar, pular da janela e descobrir que posso flutuar acima de qualquer teoria de base ou nexo. quero descobrir um novo horizonte fora das ilusões do cotidiano. um novo fim, uma nova carne, outra superfície, outro quê. alguém inda precisa me dar a mão pra eu poder sair e ver o sol. não.
dezenove, 19, a ultima idade teen. a crise já é sabida, escrita por tantos outros antes de mim. ok, não continuarei com metalinguagem.

eu tenho a certeza de ter amigos, mas isso não basta de maneira alguma. a esperança de alguém que me ame tbm não me conforta. a existência de minha família maravilhosa não vai além disto - ela existe sim, e...
já é uma hora da manhã e minhas noites a cada dia são menores. estou dormindo pouco faz tempo. não sei se isso está me fazendo uma melhor pessoa ou mal. escrever agora me motiva, ali a janela, lá fora, se olhar, vejo a faria lima bem próxima mas agora não escuto nada. sim, agora acho que o tempo parou.

tem gente que eu quero experimentar. experimentar a alma, sabe... esperar me deixa inconstante. isso não é amor, acho que pouca coisa é amor, eu sei pouco o que é amor. sei o que é dependência, querer infinitamente bem, mas amor eu não acredito que exista. tudo é imperfeito demais. ninguém vai nem vai querer me mostrar o contrário. (na verdade eu gostaria que alguém quisesse e tivesse força pra isso.)

quanta loucura, quanta menta corre em minhas veias... a loucura dos que produzem, dos que vão atrás, dos que destroem uns para se construirem em cima, dos que querem sempre mais que ontem. eu quero um amor, eu quero estar bem, eu quero cinema, eu quero arte, eu quero revolução, eu quero minhas coisas, eu quero minhas viagens, eu quero conhecer, sair, voar, pular da janela e sentir que estou livre, que não preciso de uma tela de computador para ler os códigos binários. eu quero batidas, eu quero coração, música, suor, cerveja, brinquedos, diversão, amigos, realização. eu quero mais do que tudo, eu quero todos.

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