quarta-feira, março 21, 2007

Conte

É o momento de não ter que ouvir. Aquilo que estava quieto, não se falava, fala-se num outro momento de contraponto. Eu estava feliz, eu tinha acabado de finalizar meu primeiro trabalho, eu estava eufórico, eu queria mostrar, eu queria mostrar que eu fiz agradecimentos importantes e tentar fazer feliz. Mas não sei de onde eu ainda invento estas tentativas. Eu só posso achar que são nascidos para chorar, para viver a mesma coisa, pra não entender, pra acabar em pó. E com isso eu sofro demais pq é minha família, entende? É quem eu mais queria por perto, me entendendo, me apoiando principalmente. E nessas horas eu volto a lembrar o quanto de apoio que eu tenho aqui, o quanto querem saber acerca de mim, o quanto tentam me compreender, saber quais meus planos, o que penso sobre a vida. Mas a mesma coisa é a mesma coisa pensada sempre. Nada sai do lugar, parece que precisa alguma coisa acordar, sei lá. Tudo bem, eu nunca precisei mesmo desse apoio que eu sempre quis e talvez eu só seja quem sou pq nunca o tive. Boa lógica esta. Porém eu gostaria de já ter passado esta fase, entende? Provar tudo já foi penoso, hoje gostaria pelo menos de contar com algum prestígio.
Sim, é muito forte isso, mas eu senti nojo, nojo de ouvir tais palavras vindas de gente que eu sempre acreditei e pus num pedestal. Porra, é minha mãe. E me ofender assim foi gratuitamente, não há outra explicação. Por isso a mochila vai se encher até eu arcar minhas costas sob ela e vou levá-la comigo por caminhos que não quereria ter que trilhar. Mas é sina, é lugar de onde eu não consigo fugir, é lugar daqueles que não sentem base firme sobre o chão e não têm conforto para onde voltam: São Paulo.
São, são Paulo, quanto dor!

E então eu peguei a reportagem da Joey, a de uma página, e li no sarauzinho promovido no Teatro Municipal de Guararema. E depois eu queria mostrar meu clipe rescém finalizado mais do que qualquer coisa no mundo.

Eu só quero paz.

1 Comentários:

Blogger Tarsila disse...

Você não voltou, e nem me contou.
Desculpe-me.

quinta-feira, março 22, 2007 10:41:00 AM  

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