sexta-feira, março 09, 2007

Para atravessar a radial


Pois sempre venha, sr. George. Desculpe ter de lhe chamar assim, mas é que aqui em meu país as pessoas são chamadas pelo primeiro nome para não haverem confusões. Pois disponho-me sempre à aguardar de um lado da pista por 30 minutos, sem poder atravessá-la, a cada vez que puder visitar esta minha tão subdesenvolvida terra. Também acho legal sua presença, pois pude ver bem de pertinho, a menos de um metro, fuzis do exército muito interessantes e conversar também com as pessoas que os carregam e que recebem ordens expressas para não deixar ninguém atravessar a rua. Pude também ver as duas limousines, a que o sr. estava (à frente) e a que levava o Ronald, atrás, a menos de dois metros, sem ninguém que me impedisse de me jogar na frente dela e fazer algum protesto que funcionasse. Foi também interessante, para mim, ver a quantidade de armas que seus 300 homens trouxeram e que exibiam com tanto gosto. Bonitos eles, George, muito bonitos! Tem algum teste que eu possa fazer pra estagiar com eles? E também gostaria de saber os modelos dos carros em que eles estavam, nunca vi exemplares daqueles neste meu país.

Podemos comemorar também sempre sua chegada comendo um bom McNífico Bacon, como fiz ontem, lembrando de vossa excelência.

Precisou, estamos ae... prontos pra aguardar mais trinta minutos quando precisar... sabemos da importância de teus passos e, afinal, o que são 30 minutos na vida de uma cidade como São Paulo? Quase nada, quase nada... E se precisar também podemos fechar toda a Via Dutra ou a Fernão Dias, seriam transtornos mínimos, pouco maiores que os da 23 de maio e da Radial Leste.

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