quarta-feira, abril 04, 2007

Peso

Dias, tempos, semanas... eu sempre falo em tempo aqui. Tempo mais importante que espaço. Tempo não existe, o que existe é espaço. Espaço faz o tempo. Portanto se nós construímos o espaço fazemos indiretamente também o tempo? Certo que sim.

Os dias estão pesados. Sinta o peso das necessidades, da angústia, da parada. Sou um sujeito preocupado com a vida desde muito cedo e agora, na hora de se preocupar mesmo, todo o tempo é dobrado. Temo por um telefone que não é atendido, surto com o fato de não poder caminhar, tenho problemas de aceitação com a falta de convites. Não, eu não me basto em mim mesmo.
Quiero hacer nuevas cosas, recibir nuevas invitaciones, conocir nuevas propuestas. Quiero dicer para alguna persona que me voy a España, que yo se hablar español. Pero no puedo. São fases, é uma fase, eu sei. As diferenças dessa nova fase nesse meu mesmo tempo é que hoje eu sei disfarçar bem. Logicamente nada fica tão natural que não haja uma queda de prestígio, de oportunidades, há sim, há. Mas nada fica tão estranho, acredito que eu deixei de ser tão estranho. Enfim, a máscara é maior, aprendi novas confecções. Tudo fica mais aceitável e eu também estou vivendo em um lugar onde se nota poucos defeitos nesses aparatos. Enfim.

Eu só quero despertar para vida com um telefonema que me diga boas novas, que me convide para algum novo projeto, que me dê ambições rentáveis a curto prazo. Porque construir seu próprio caminho ás vezes cansa.
Mas será esta minha sina mesmo?

O que eu quero é ficar por um bom tempo em uma casa grande, com comida simples, sorvete, escova de dentes e listerine, arquitetando formas de aproximação das meninas do quarto ao lado.

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